17 presos políticos no Irão estão em greve de fome devido às más condições da prisão Evin e ao tratamento a que são sujeito por partes dos guardas prisionais. Eles são:

Bahman Ahmadi Amoui

Gholam Hossein Arshi

Ebrahim Babaei

Babak Bordbar

Majid Darri

Jafar Eghdami

Koohyar Goodarzi

Peyman Karimi-Azad

Ali Malihi

Abdollah Momeni

Hamid Reza Mohammadi

Zia Nabavi

Hossein Nouraninejad

Ali Parviz

Keyvan Samimi

Mohammad Hossein Sohrabirad

Majid Tavakoli

Entre centenas de presos politicos da ala 350 contam-se jornalistas, activistas, membros da oposição política e veteranos da guerra Irão-Iraque.

Os 17 estão detidos juntamente com centenas de presos que foram detidos devido às manifestações pacíficas em que participaram após as eleições presidenciais de 12 de Junho de 2009.

Os 17 presos políticos foram colocados na solitária a 26 de Julho de 2010 devido ao facto de terem reclamado melhores condições onde iniciaram a greve de fome.

Kaleme, o site oficial do antigo opositor nas eleições presidenciais, Mir Hossein Mousavi, afirmou que os 17 presos são agredidos e ameaçados tendo-lhe sido cortada a comunicação entre os detidos da ala 350 e com o mundo exterior bem como os direitos de visita e chamadas telefónicas diárias.

Os familiares reagiram e reuniram-se fora do gabinete do Procurador-Geral em Teerão reclamando acesso aos seus familiares detidos mas foram agredidos e ameaçados por parte das autoridades.

Um advogado que representa vários presos em greve de fome queixa-se de não lhe ser permitido o acesso aos seus clientes tendo que ir a tribunal enquanto que, pela lei iraniana, é permitido o acesso sem ser necessária qualquer autorização. Admite que também foi a Teerão de modo a falar com o Procurador-Geral mas este não o recebeu.

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, mãe de 2 crianças está condenada à morte por apedrejamento por alegadamente ter cometido adultério, acusação que nega.

Sakineh começou a ser julgado a 15 de Maio de 2006. Foi condenada a 99 chicotadas. No mesmo ano foi novamente acusada de “adultério enquanto casada” e confessou o crime sob coacção no momento do interrogatório, expondo o mesmo no tribunal.

Sem provas conclusivas, 2 dos 5 juízes presentes declararam Sakineh não culpada contra os restantes 3 que a declararam culpada tendo por base uma cláusula que aceita o entendimento subjectivo dos juízes.

Foi condenada à morte por apedrejamento mas devido à pressão dos activistas da Amnistia Internacional, a execução por apedrejamento foi retirada mantendo-se, no entanto, a pena capital.

Informe-se e ajude a impedir este assassinato em: 

http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1439&Itemid=111

As eleições presidenciais no Ruanda vão decorrer a 9 de Agosto de 2010.

Durante os 6 meses anteriores, a Human Rights Watch tem registado preocupantes ocorrências: intimidação, detenções e outros abusos contra a oposição, jornalistas, membros da sociedade civil e outros críticos que vão deste medidas administrativas rígidas até assassinatos.

Há 4 candidatos para as eleições: o actual presidente, Paul Kagame (Rwandan Patriotic Front, RPF); Jean-Damascène Ntawukuriryayo (Parti Social Démocrate); Prosper Higino (Parti Libéral); Alivena Mukaberamba (Parti du Progrès et de la Concorde),

Ninguém acredita que algum dos restantes candidatos seja uma oposição séria e real ao actual presidente. Os seus próprios partidos mostram-se afectos ao partido de Paul Kagame.

Nenhum dos 3 partidos que criticaram abertamente a RPF tomou parte nas eleições. O Democratic Green Party e o FDU-Inkingi foram impedidos de se registar e o líder do PS-Imberakuni está preso. Os seus membros foram presos e ameaçados.

A maioria dos jornalistas foi silenciada e os 2 principais jornais foram suspensos.            

Veja a notícia completa no site da HRW.

Mohammad Taher Batili de 29 anos é reconhecido como refugiado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, UNHRC.

Foi preso por membros de segurança quando entrava num carro a 2 de Junho de 2010. Foi detido na prisão de Zahle sob a acusação de entrada ilegal no Líbano,

A 26 de Junho foi condenado a 2 meses de prisão e pagamento de multa. Enfrenta um retorno forçado ao Irão após cumprimento de pena.

Após a sua detenção, oficiais da embaixada iraniana interrogaram-no acerca das actividades políticas do seu pai e de outros membros da minoria árabe iraniana na Síria e no Líbano.

Mohammad chegou ao Líbano pela Síria com a sua família a 28 de Maio de 2009 à procura de asilo. Deixou o Irão devido às suas actividades políticas e de seu pai a favor da minoria árabe em Ahvaz no Irão. Se regressar corre o risco de tortura e poderá enfrentar a pena de morte.

Omar Kadr foi levado para o Guantanamo em 2002 quando tinha 15 anos acusado de 5 crimes de guerra incluindo a acusação de homicídio de um soldado americano no Afeganistão.

Foi sujeito a tortura e a tratamento cruel. Em Agosto de 2010 vai ser julgado por alegados crimes que cometeu quando criança.

A 29 de Janeiro deste ano, o Supremo Tribunal do Canadá decidiu por unanimidade que os direitos de Omar foram violados mas revogou a decisão do tribunal relativamente ao repatriamento.

A única coisa que o Governo Canadiano fez face a esta situação foi requerer garantias do Governo dos EUA de que as testemunhas ou as provas obtidas pelos oficiais canadianos não iriam ser utilizados. O Governo dos EUA não conseguiu obter garantias.

O juiz Russel Zinn, juíz do Tribunal Federal Canadiano ordenou que o governo propusesse medidas alternativas no prazo de 7 dias mas ainda não se sabe se as autoridades canadianas vão recorrer da decisão.

A 12 de Junho de 2008, o Tribunal Supremo decidiu que os detidos no Guantanamo têm direito a um julgamento rápido para contestar a legalidade da detenção. Mas após 8 anos de ter sido detido continua a não lhe ser permitido contestar a legalidade da sua detenção em tribunal entendendo que a mesma é legal.