Nunca é tarde para nos perguntarmos qual o nosso papel na sociedade. Diariamente somos engolidos por campanhas que incitam à uniformidade. Sermos todos iguais é um ideal, um valor que não tem espaço para qualquer discussão (embora na maioria dos casos se verifique apenas na teoria e não na prática): é algo inerente do ser humano e que todos assumem como verdade. Mas será que a uniformização de opiniões deve ser adoptada para haver uma melhor organização da sociedade? Decerto que isso tornaria as coisas bem mais fáceis principalmente para aqueles que amam o poder e que adoram o poleiro mas a realidade é que isso não se verifica.

As pessoas são diferentes – não que isso implique um tratamento diferente, o que é algo inaceitável, ridículo e desumano – o que reflecte a riqueza do que nós somos realmente. O facto de termos a capacidade de pensar por nós próprios, concordando ou não com os outros, justifica o nosso valor individual. Cada um de nós é especial e se existe o caso de pensarmos de forma distinta de alguém, isso só promove a diversidade e o melhoramento humano – se as coisas, tenha-se atenção, forem levadas pelo lado do bem e não pelo do conflito, da violência -.

A independência do pensamento nunca foi tão determinante como hoje. Apesar de o seu valor  ter sido sempre questionado ao longo da História, neste mundo, hoje globalizado, não nos deixemos engolir pelos sistemas sejam eles políticos ou económicos. Pensar não paga imposto (até à data de escrita) e portanto, coloquem a cabeça a funcionar.

O espírito crítico deve ser usado e não desvalorizado. Por isso é que as pessoas que são assassinadas por divulgarem factos que vão contra o estipulado pelo poder político ou económico não devem ser esquecidas. Daí que nos próximos dias irei colocar posts que abordarão pessoas, na sua maioria jornalistas, que morreram por atentarem contra o ambiente vigente. São pessoas que encontrarão com a maior das facilidades na internet por isso desafio-os a ocuparem meia dúzia de minutos do vosso tempo para relembrar estas figuras.

Não se coloquem à parte, não se deixem abarcar… sejam por vós e pelos outros.

10/09/2009

” O Homem, muitas vezes, torna-se egoísta por ter sido alvo do egoísmo dos outros, o que faz com que ele sinta necessidade de se defender contra isso. Vendo que os outros só pensam neles próprios e não nele, ele concentra-se sobre si renegando os restantes. Mas deixem o princípio da caridade e fraternidade tornar-se a base das instituições sociais, das relações entre países e entre os Homens e cada indivíduo irá pensar menos nos seus interesses pessoais pois o mesmo se executa em outros; assim, ele sofrerá uma influência moralizadora e de contacto. No meio do presente aumento do egoísmo, tais virtudes são necessárias para ajudar o ser humano a sacrificar os seus próprios interesses para o bem dos outros que, muitas vezes, mostram-se pouco gratos por tal abnegação…”

FÉNELON

HUMBERTO DELGADO

15/05/2009

Comemora-se hoje os 103 anos do nascimento de Humberto Delgado. Militar português e acérrimo apoiante do regime salazarista no início, veio a tornar-se a principal figura da luta contra o fascismo acabando por ser assassinado a 13 de Fevereiro de 1965 em Villanueva del Fresno por agentes da PIDE.

Foi aluno do Colégio Militar da Escola do Exército, das Faculdades de Ciências, Letras e Direito, em Lisboa; detentor do recorde de voo nacional em 1929; secretário do ministro de instrução; brigadeiro aos 46 anos e promovido a general, por escolha, no ano seguinte; professor da Escola do Exército e do Estado-Maior; director-geral do Secretariado da Aeronáutica Civil; procurador à Câmara Corporativa; adido militar em Washington; chefe da missão militar da NATO e detentor de várias condecorações e comendas (oficial da Ordem de Mérito dos Estados Unidos, de Mérito Militar de Espanha e da Ordem do Império Britânico).

O “General Sem Medo”, como ficaria conhecido, fez história quando em Maio de 1958 publicou uma proclamação em que se declarava candidato às eleições. Proferiu, então, a famosa frase “Obviamente, demito-o” quando questionado sobre o futuro de Salazar, caso fosse eleito, arrastando atrás de si uma multidão ávida de liberdade.

Acabou por perder as eleições para o candidato da situação, Américo Tomás, em circunstâncias duvidosas e até hoje questionáveis. Partindo para o exílio, não deixou o seu papel de antifascista e lutador activo contra o regime instaurado. No entanto, a 13 de Fevereiro de 1965, numa armadilha à muito preparada pela polícia política, Humberto Delgado e a sua companheira Arajanir Campos, são assassinados à queima-roupa em Espanha.

Os seus corpos apareceram dois meses depois (25 de Abril de 1965) entre as povoações de Olivença e Vila Nuevo del Fresno. A descoberta dos corpos tem sido alvo de especulações e de várias teorias entre elas a possibilidade de os corpos terem sido enterrados nessa mesma noite pelos assassinos em terreno espanhol ou terem sido levados para Portugal para algum propósito e depois levados para Espanha secretamente.

De acordo com os jornalistas ingleses Peter Deeley e Judith Bull, os corpos foram encontrados por um rapaz que passeava um cão-pastor numa mata de eucaliptos. O corpo do general foi reconhecido pelo anel em ouro que trazia com as inicias HD. Os dois corpos estavam em estado avançado de decomposição. Delgado foi morto por várias feridas na cabeça enquanto a companheira e secretária morreu por estrangulamento.

Segundo um jornal britânico, o fascismo português precisava que o corpo do principal activista antifascista aparecesse para poderem provar o seu poder e tomá-lo como exemplo para os restantes opositores do regime. O advogado madrileno Romero Robledo afirma que nesse dia houve um grande contingente de pides ao longo da fronteira. Sem dúvida nenhuma, defendem os investigadores espanhóis, que o homicídio foi premeditado e levado a cabo pela polícia política.

103 anos após o seu nascimento e 44 anos após a sua morte, seremos ou não capazes de nos erguermos e de começarmos a tomar uma atitude consciente e activa na sociedade, sem medo ou receio das opiniões e críticas dos outros? Acreditamos ou não em nós? Temos convicções e determinação ou preferimos andar ás costas dos outros dependentes das suas crenças e vontades? Quem somos nós afinal? Somos assim tão cobardes e passivos em relação a nós e ao nosso país?

Foi em 2003 que a banda de acid jazz lançou o seu último álbum “Dynamite”.

Depois dos álbuns “Emergency On Planet Earth” de 1993, “The Return Of The Space Cowboy” de 1994, “Travelling Without Moving” de 1996, “Synkronized” de 1999, “Funk Odyssey” de 2001, a banda decidiu afastar-se até agora.

ESPERO BEM QUE VOLTEM! ESTÁ TODA A GENTE À VOSSA ESPERA!

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QUEREM MELHOR QUE ISTO?

Com a vitória de 1-0 contra o Nacional, o FCP afirmou-se como campeão nacional de 2008/2009.

Mais uma vez provou que sabe o que faz e que toda a equipa está em óptima forma.

Parabéns!

VENHA AGORA O PENTA, CARAGO!!!!!!!!!!!!!!!

FCP

A Amnistia Internacional divulgou a lista dos países abolicionistas e retencionistas da pena de morte. Do documento apresentado pela AM e disponível nos sites www.amnesty.org e www.amnistia-internacional.pt, divulgo a lista relativa aos países que aboliram a pena de morte

PAÍS

DATA DE ABOLIÇÃO PARA TODOS OS CRIMES

SUDÁFRICA

1997

ALBÂNIA

2007

ALEMANHA

1987

ANDORRA

1990

ANGOLA

1992

ARGENTINA

2008

ARMÉNIA

2003

AUSTRÁLIA

1985

ÁUSTRIA

1968

AZERBEIJÃO

1998

BÉLGICA

1996

BÓSNIA-HERZEGOVINA

2001

BULGÁRIA

1998

BUTÃO

2004

CABO VERDE

1981

CAMBODJA

1989

CANADÁ

1998

CHIPRE

2002

COLÔMBIA

1910

COSTA DO MARFIM

2000

COSTA RICA

1877

CROÁCIA

1990

DINAMARCA

1978

DJIBUTI

1995

EQUADOR

1906

ESLOVÁQUIA

1990

ESLOVÉNIA

1989

ESPANHA

1995

ESTADO DO VATICANO

1969

ESTÓNIA

1998

FILIPINAS

2006 (1987)

FINLÂNDIA

1972

FRANÇA

1981

GEÓRGIA

1997

GRÉCIA

2004

GUINÉ-BISSAU

1993

HAITI

1987

HONDURAS

1956

HUNGRIA

1990

IRLANDA

1990

ISLÂNDIA

1928

ILHAS COOK

2007

ILHAS MARSHALL

 

ILHAS SALOMÃO

 

ITÁLIA

1994

LIECHTENSTEIN

1987

LITUÂNIA

1998

LUXEMBURGO

1979

MACEDÓNIA

1991

MALTA

2000

MAURÍCIO

1995

MÉXICO

2005

MICRONÉSIA

 

MOLDÁVIA

1995

MÓNACO

1962

MONTENEGRO

2002

MOÇAMBIQUE

1990

NAMÍBIA

1990

NEPAL

1997

NICARÁGUA

1979

NÍUE

 

NORUEGA

1979

NOVA ZELÂNDIA

1989

PAÍSES BAIXOS

1982

PALAU

 

PANAMÁ

 

PARAGUAI

 

POLÓNIA

1997

PORTUGAL

1976

QUIRIBATI

 

REINO UNIDO

1998

REPÚBLICA CHECA

1990

REPÚBLICA DOMINICANA

1966

RUANDA

2007

RUMÉNIA

1989

SAMOA

2004

SÃO MARINO

1865

SÃO TOMÉ E PRINCIPE

1990

SENEGAL

2004

SÉRVIA (INCLUÍNDO KOSOVO)

2002

SEYCHELLES

1993

SUÉCIA

1972

SUIÇA

1992

TIMOR LESTE

1999

TURQUEMENISTÃO

1999

TURQUIA

2004

TUVALU

 

UCRÂNIA

1999

URUGUAI

2007

UZBEQUISTÃO

2008

VANUATU

 

VENEZUELA

1863

e daqueles que mantêm a pena de morte para crimes comuns –

Afeganistão
Antígua e Barbuda
Arábia Saudita
Autoridade Palestiniana
Bahamas
Bahrein
Bangladesh
Barbados
Belize
Bielorrússia
Botswana
Burundi
Comores
República Democrática do Congo
Coreia do Norte
Cuba
Chade
China
Dominica
Egipto
Emirados Árabes Unidos
Estados Unidos da América
Etiópia
Guatemala
Guiné
Guiné Equatorial
Guiana
Índia
Indonésia
Iraque

A Amnistia Internacional revelou que, em 2008, houve cerca de 2390 execuções. A maior parte ocorreu na Ásia com a China a realizar cerca de 72% das mesmas!

Esta revela que, dos países que condenaram à morte tendo por base julgamentos injustos contam-se o Afeganistão, o Irão, o Iraque, a Nigéria, a Arábia Saudita, o Sudão e o Iémen. O relatório da AM afirma, também, que existe discriminação na aplicação da pena de morte sendo comum em pessoas pobres, minorias e membros de comunidades raciais, étnicos, religiosos em paises como o Irão, o Sudão, a Arábia Saudita e os EUA. Como agravante assiste-se ainda ao risco permanente de se condenar um inocente à pena de morte.

Como já foi referido, a maioria das execuções aconteceram na Ásia estimando-se  terem sido realizadas, pelo menos, 1718 execuções. Estes valores poderão ser mais elevados uma vez que as estatísticas sobre a pena de morte são mantidas em segredo de Estado.
No Médio Oriente e Norte de África aconteceram o segundo maior número de execuções (508). No Irão, o apedrejamento e o enforcamento são frequentes e foram utilizados em, pelo menos, 346 pessoas incluindo oito jovens delinquentes. Na Arábia Saudita, a forma mais frequente de execução é a decapitação pública seguida de crucificação. Morreram, pelo menos, 102 pessoas.
Na América, particularmente nos EUA, morreram 37 pessoas, maioritariamente no estado do Texas.
Na Europa mantém-se a Bielorrússia que realizou 4 execuções utilizando o tiro na nuca não sendo concedido aos familiares nenhuma informação relativa à data da morte e ao local de enterro.
Na África Subsariana foram oficializadas 2 execuções mas, pelo menos, 362 pessoas foram condenadas à morte. A Libéria reintroduziu a pena de morte para crimes de roubo, terrorismo e sequestro.

http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=765&Itemid=98

amnesty

Johan Teterissa e mais 21 activistas participaram numa manifestação pacífica na Indonésia. Foram presos e torturados.

Raúl Hernández e outros participaram em campanhas pelos direitos dos nativos no México. Estão agora presos.

Cinco antigos membros do partido progressista da Guiné Equatorial estão aprisionados e poderão ter sido torturados.

Engin Çéber, membro da organização turca pelos direitos e liberdades morreu na prisão.

O iraniano Mansour Ossanl tentou defender os direitos dos trabalhadores. Está agora a cumprir uma pena de prisão de cinco anos.

Você pode ajudar.

Visite:

 http://www.amnesty.org/sites/amnesty.org/files/PUBLIC/documents/TheWire/TheWire-WWA-en-0902.pdf 
www.amnesty.org
www.amnistia-internacional.pt

PVDE, PIDE, DGS

29/03/2009

Neste momento estou a realizar um trabalho cujo tema gira em torno da polícia política do Estado Novo. Muitas informações tenho conseguido obter mas nada de relevante.

Caso seja um assunto que lhe desperte curiosidade, que tenha interesse ou até algum conhecimento dê a sua opinião e comentário. Partilhe!!!

ASSUNTO

29/03/2009

Este blog está aberto a todas as pessoas e a todos os temas. Desde política, economia, história, cinema, música, teatro, desporto passando por personalidades como Obama, Angelina e Eusébio,  este é um espaço aberto a todas as opiniões e comentários e a todos os assuntos independentemente dos gostos e interesses de cada um.

Tudo é importante e nada é desvalorizado.