ESTADO DO PAÍS

03/09/2009

Ora vejam este texto de Rodrigo Moita de Deus e digam de vossa justiça sobre o assunto.

 

“Em Portugal não há republicanismo. Nem doutrina republicana. Nem sistema republicano. O que existe é uma longa tradição anti-monárquica.

Sim. É verdade. Os monárquicos são uma minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto. Os republicanos são outra minoria. Dez por cento dos portugueses. Se tanto.

Os outros 80% são “marimbistas”. Ou seja, estão a marimbar-se. O que não é bom. Nada bom mesmo.

Dez por cento são republicanos – e duvido que o sejam mesmo. Em Portugal não há republicanismo. Nem sistema republicano. Nem doutrina republicana. O que existe é uma longa tradição anti-monárquica. A vantagem de um sistema republicano, dizem eles, é evitar as desvantagens de um sistema monárquico.

E por isso mesmo não se consegue discutir a questão do regime. Os argumentos não giram em torno da bondade das propostas. Os argumentos giram em torno dos palácios dos marqueses das herdades dos duques e das fortunas dos condes. Discutimos a vida dos outros, os seus privilégios e a sua vida. A sua qualidade de vida.

Cento e sessenta anos depois da publicação do manifesto comunista discutimos a questão monárquica como se fosse o derradeiro episódio da eterna luta de classes. Discutimos sempre a aristocracia. Luta de classes. À antiga marxista. O que não deixa de ser irónico.

Cem anos depois, os únicos que têm palácios, herdades e fortunas são os Comendadores da República. E aqueles que mais brincam com os anéis de brasão herdam orgulhosamente medalhinhas republicanas. Mais recentemente até se instituiu o hábito de herdar círculos eleitorais.

À semelhança de todos os sistemas que acreditam na luta de classes a república tem uma estranha forma de lidar com a redistribuição de riqueza. Tal como tem uma estranha forma de lidar com a democracia. Porque na luta de classes há sempre “intelectuais” que devem “guiar” o proletariado e o campesinato analfabeto. Os mesmo “intelectuais” que proibiram constitucionalmente os portugueses de escolher entre monarquia e república. Eles sabem o que é melhor para nós. Para o povo. E em quase cem anos fica o regime a dever-nos 16 de caos, 41 de ditadura e três de PREC.

Assim vamos. Guiados pelos intelectuais do outro século. Pelos preconceitos do outro século. A discutir a questão do regime como se estivéssemos a falar da revolução industrial. Tenho más notícias: os tempos mudaram. E, um destes dias, temos mesmo de discutir a questão.

Bem sei. Temos assuntos mais urgentes para tratar. A crise, o défice, a gripe e os laterais do Benfica. Tudo é mais urgente. A forma de Estado é importante mas não é urgente. E o urgente nunca deixa tempo para o que é importante. Mas andamos de urgência em urgência há noventa e nove anos. E não consta que tenha resultado.”

2ª GUERRA MUNDIAL

01/09/2009

Hoje faz 70 anos que a Alemanha invadiu a Polónia. Dia 2, a Inglaterra declara guerra à Alemanha, seguida da França que o faz dia 3. Os EUA entram, apenas, em 1941 após o ataque a Pearl Harbor.

O conflito dura seis anos e o resultado é cerca de 6 milhões de mortos sujeitos às mais horrendas humilhações e torturas que algum de nós poderá imaginar.

Senhoras e senhores, 70 anos passaram. Por muito que queiramos deitar estas páginas da história da humanidade para trás das costas, não o devemos fazer.

A liberdade e o respeito pelos outros são coisas preciosas demais para as colocarmos em segundo plano. Não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti e faz aos outros aquilo que gostavas que te fizessem a ti… realmente, esta é a verdade pura e crua e o verdadeiro elixir da vida e da felicidade.

O Tribunal Constitucional encontrou 11 inconstitucionalidades no documento.

Palavras para quê? Quando muitas personalidades e analistas admitiam que o documento continha atentados à Constituição incluindo o Presidente da República cuja perfomance foi louvável, a acção do Parlamento foi altamente reprovável. Apesar de alguns partidos terem apresentado alterações, nenhum votou contra e um absteve-se.

Que bonito que isto está. Apoiar documentos inconstitucionais… espero que isto não se torne uma moda.

Partidos, partidos, grande tanga. Portugueses acordem. Não temos ninguém em quem confiar e por isso é melhor estar atento. Quem tem que defender a nossa liberdade somos nós e colocar isso nas mãos de alguém está-se a tornar perigoso… A aprovação do Estatuto dos Açores no Parlamento sem nenhum voto contra, é prova inegável disso.

Afinal parece que todos não passam do mesmo.

Visto o post anterior que abordava esta temática ter sido o mais comentado no blogue, decidi que talvez fosse interessante lançar uma discussão sobre o mesmo. Tendo em conta outros posts que abordam o estado da cidadania em Portugal, acredito que a partilha de opiniões e o debate das mesmas pode ser benéfica para todos.

Aproveito para deixar alguns endereços que podem visitar para se informarem e para darem a vossa contribuição ideológica: http://www.monárquicos.com,  http://constituicao.wikispaces.com/ e http://www.somosportugueses.com.

Inicio, então, com questões que podem ou não ser seguidas. Que benefícios trouxe a república a Portugal? Continuará a ser um regime viável para os anos que se aproximam? Será a monarquia um regime estável para guiar o país?

Desta forma, deixo aqui um texto que redigi no fórum do monárquicos.com e cuja discussão pode ser vista em http://www.monarquicos.com/forum/viewtopic.php?t=1201. Espero comentários 😀

“Acredito que um dos grandes problemas a que se assiste no nosso país é a instabilidade governamental que nos está a colocar numa situação um pouco assustadora.

O nível de abstenção a que assistimos sistematicamente e que se prevê que continuará a subir, é uma prova do descontentamento dos portugueses. Ninguém respeita os seus governantes nem a oposição. O grau de insegurança e de desânimo nesta área faz com o povo português, outrora autor de grandes feitos, não perspective um futuro promissor nem para si nem para o resto dos seus compatriotas.

Isso é necessário mudar. Daí que a monarquia, defensora, também, da democracia e da soberania do povo, pois sem este, esta não vive, deve ser vista como uma opção viável e que garantirá ao país o progresso, a ordem, a liberdade.

Não há ideologias ou regimes políticos perfeitos, ou pelo menos a conotação que as pessoas lhes dão, disformam-nas; porém, a monarquia, que, convenhamos, não está isenta de ter as suas falhas, deve-se mostrar, agora, como uma alternativa e para isso é necessário que os defensores desta se mostrem unidos e pelo que tenho assistido e lido, há demais divergência no sucessor ao trono… no sucessor ao trono! Era neste ponto que todos nós devíamos estar mais unidos e ter uma opinião unânime mas isto não está acontecer.

Neste momento, se a monarquia se instaurasse, o país não tinha ponto por onde se lhe pegar! Nem sucessor ao trono, figura que é a marca da monarquia, é um ponto de concordância. Então, como é que esta se poderá mostrar ao povo português como uma alternativa segura?

Na minha perspectiva este é um factor de fraqueza nesta ideologia. Precisamos, então, de discutir, mas discutir a sério, os possíveis pretendentes e encontrar um nome em comum. Apesar de muitos estarem presentes neste fórum e em muitas discussões que eu tive o prazer de ler, praticamente não se chega a nenhuma conclusão e estas baseiam-se apenas em discussões que nós ouvimos em cafés, passo a expressão e um mero exemplo, sobre os partidos politicos.
Adoptamos atitudes que condenamos: criticas, criticas, criticas mas nenhuma é construtiva.

Temos que ser sérios e coerentes. Temos direito a ter diversas e diferentes opiniões sobre todos, e dou enfase a todos, os assuntos, mas para os defensores da monarquia, o sucessor ao trono português não pode ser um assunto de divergência, mas sim um ponto de união e unanimidade.

Acredito que todos nós apostamos na segurança e na estabilidade governamental e num futuro promisor e feliz. Muitos obstáculos se irão colocar e a monarquia será colocada em causa… sempre. Todos os regimes o são, mas isso é bom; sermos criticados faz com que nos possamos aperceber dos erros, admiti-los e corrigi-los, por isso é necessário haver proximidade com as pessoas, ouvir o que elas têm para dizer, saber o que elas precisam para depois sabermos o que é fundamental fazermos e mudarmos.
Não temos que ser só uma alternativa a nível de regime, ideologia política mas também uma alternativa para o futuro e para a melhoria de vida das pessoas a todos os níveis.

Da mesma maneira que o rei (rainha) têm no povo a sua principal preocupação, também a nós, defensores monárquicos, cabe-nos defende-lo e olhar por ele. Estabilidade deve ser, portanto, uma das nossas marcas e para isso tem que haver o consenso quando se trata do herdeiro ao trono… falhamos nisso, falhamos em tudo”

Não entendam mal o título… Todos nós sabemos que tanto a república como a monarquia não são a solução para o país, o tal “milagre” que nos levará ao nosso auge. Mas no momento em que vivemos hoje, sim um momento de uma instabilidade que já mete nervos e que teima em permanecer, todas as opções devem ser pesadas na balança e como já é habitual ouvir, escolhermos o menor mal.

Por isso vou dar a minha reflexão para que possam criticar (agradeço que o façam): desde que a república se instaurou que a instabilidade tornou-se o pão nosso de cada dia. Não é que os tempos anteriores fossem áureos mas a mudança de regime não veio dar grandes perspectivas tanto que depois entrámos em ditatura de direita, levados sempre pela conjuntura internacional (imitámos a Itália e a Alemanha mas não fomos capazes de imitar a Inglaterra e a França). Quase cinquenta anos em plena amargura e atraso industrial e mental que ainda se sente nos dias de hoje. Depois o 25 de Abril, a GRANDE REVOLUÇÃO DOS CRAVOS mas que depois foi o que foi. Dois anos de incertezas que nos anos posteriores não resultaram em nada de maior porque o amor à liberdade sustentou qualquer tremor político. Na minha opinião o país só não caiu (quando eu digo caiu refiro-me à falência económica e instabilidade política) devido à nossa passividade (o deixa andar), à recente recuperação das liberdades como referi e à entrada na UE que nos proporcionou deliciosas remessas monetárias e que sempre nos fazem felizes… dinheirinho sem trabalhar, quem é que não gosta?!

E então chegámos ao dia de hoje. Reflectindo sobre o carácter geral dos portugueses, apercebi-me que eles têm necessidade de se depositarem em alguém, alguém que os guie que lhe mostre o caminho (não confundam isto com ausência de espírito crítico e de decisão). Precisam de uma figura paternalista e acredito que uma das causas da situação actual do país seja a falta de confiança dos cidadãos pelos seus representantes. 

Então, há um tempo atrás fui pesquisar a causa monárquica para ver como andam essas bandas, à procura, ingenuinamente confesso,de respostas e soluções… fiquei um pouco desiludida. A discussão sobre os pretendentes ao trono entre os monárquicos deixam-nos os cabelos em pé. Uns defendem D. Duarte Pio e desses alguns  colocam a sua legitimidade em causa  (a sua ascendência e descendência são portuguesas mas descende de um absolutista, facto que muitos repudiam) e outros defendem Rosário Poidimani, filho de uma filha bastarda do rei D. Carlos, italiano e com descendência italiana e com problemas com a justiça do país de que é natural.
Ou seja, na questão base monárquica (saber quem é o pretendente legítimo ao trono) existe uma desunião incrível! No meu parecer, se a monarquia se instaurasse hoje e se um dos dois subisse ao trono não me admirava se entrássemos em guerra civil.

É triste. 

Vamos agora olhar para o povo português: passividade, passividade, passividade… não me admiro. Mas porquê? Uns disseram-me que já não temos ninguém em quem confiar e isso faz com que nos separaremos cada vez mais destas temáticas… típico de portugueses! Quando devemos ter o pulso forte é quando baixamos os braços. Outros disseram-me que o que realmente precisamos é de uma revolução. Revolução?! Mas revolução de quê? Para quê? Hoje podemos escolher os nossos governantes e o que é que fazemos?! Não o fazemos. Hoje podemos pronunciar-nos e o que é que fazemos?! Não o fazemos. Mas o que é que queremos afinal? Às vezes penso que somos uma sociedade perfeita e eu é que não encaixo. Talvez seja isso.

PRONUNCIEM-SE…

17/07/2009

Temos que admitir: o agora em que vivemos está-se a tornar insuportável. A política já não existe e em seu lugar imperam as redes económicas. Os homens e mulheres que outrora lutavam por um Portugal já morreram e com eles morreram os seus ideais e o seu nacionalismo que fazia mover o país. O Portugal de antes tornou-se o portugal de hoje.

O individualismo é a palavra de ordem e já ninguém se une para defender um ideal que beneficie o seu país e os seus compatriotas; as pessoas, hoje, limitam-se a viver a sua vida e só se lembram que existe um Portugal quando se trata de futebol… é um pouco deprimente. Resumimo-nos ao futebol, toda a nossa história, todo o nosso esforço é deitado fora pelos portugueses de agora. Não temos ambições, não temos ideais… estamos vazios.

Somos criaturas apáticas e sem pulso; somos animais inanimados: as próprias pedras conseguem ter mais vida que nós. Criticamos, manifestamos apenas quando os nossos tornozelos são pisados. Somos interesseiros e invejosos. Desde que não nos chateiem e que os nossos bolsos estejam cheios, somos felizes. O espírito nacionalista morreu. Aqueles que navegaram, descobriram e que exploraram meio mundo já desapareceram e nem saudades deixaram.

Tornámo-nos numa cambada de tristes. A força que à séculos atrás nos tornaram um país independente e que depois nos levou a guiar o mundo a outro mundo desapareceu, aparentemente para sempre. Quem somos nós, hoje, afinal? Um bando que aqui anda e que espera apenas pela morte… Coitado de Fernando Pessoa, desolado ficaria se soubesse o estado em que o país está hoje. E por culpa de quem? Dos políticos? Pobrezinhos deles, são apenas o reflexo dos cidadãos e estes deles. É um circulo vicioso complicado.

Temos que nos erguer de novo. Precisamos de novas cabeças, de novos ideais, de uma nova força… Temos que dar um novo significado a Portugal e aos portugueses. Caímos já tantas vezes e não pode ser agora que nos deixamos ficar deitados à espera de milagres.

SOMOS PORTUGUESES OU NÃO?!

Quem tiver ideias e iniciativas, partilhe!

Tendo por base o texto de João Brandão Ferreira, disponível em http://www.jornaldefesa.com.pt/noticias_v.asp?id=715, o comboio de alta velocidade não tem qualquer importância para o país. De acordo com o escritor, o seu adiamento trata-se, apenas, de um “expediente traiçoeiro”. Este, ao contrário do que deveria suceder, beneficia não Portugal, mas, imagina-se (que surpresa!) Espanha que assim consegue entrar no nosso país com a circulação de produtos e pessoas, penetrando na nossa debilitada economia.

O papel do governo torna-se incompreensível e mais grave que isso é o papel da oposição que parece embalada com a situação não tomando nenhuma posição séria e se a toma não tem argumentos consistentes.

Assim, uma pergunta deveria ser feita aos “futuros” utilizadores do comboio de alta velocidade: será realmente necessário e urgente o TGV? Que acham da atitude tomada pelo governo e pela oposição em relação ao mesmo?

A 13 de Junho nasceu Fernando Pessoa, um dos maiores ícones da literatura portuguesa.

Não sou propriamente digna de comentar e falar de ilustre pessoa, daí que melhor forma existe para honrar alguém do que lembrá-lo pelo que nos deixou.

Aqui ficam algumas reflexões. Cabe- nos agora servirmo-nos delas.

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler,
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não pressa

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em quee stá indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca

 

Não tenhas nada nas mãos
Nem uma memória na alma,

Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último

Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá

(…)

Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.

 

O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

 

D. Sebastião

Louco, sim, louco porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

 

O Quinto Império

Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!

Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz –
Ter por vida a sepultura.

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!

(…)

Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem terra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

É a Hora!

 

O Sonho Comanda a Vida…

 

Todos juntos contra a abstenção, a falta de ética, o desperdício e o esbanjamento.

bandeira-portugal

REFLEXÃO: Qual o papel dos portugueses em Portugal?

DISCURSO DE CAVACO

27/04/2009

UMA PAULADA OU UM CONSELHO?

Como é habitual, o Presidente da República fez o discurso comemorativo do dia em questão onde assinalou, essencialmente, a crise que se vive actualmente. No entanto, deu para perceber o descontentamento que sente relativamente à atitude do governo e dos deputados face ao povo português.

O pão nosso de cada dia a que já nos habituaram as personalidades políticas nos debates quinzenais, que em vez de discutirem os assuntos realmente importantes preferem discutir o passado, é um facto que deve ter realce na nossa reflexão.

As críticas à vida política nacional muita gente as faz, mas aquilo que realmente me afecta é a atitude do povo português face a isto. Como é que podemos criticar os políticos quando a população não anda informada? E hoje em dia só não anda informado quem não quer. E um povo que não anda informado e mais grave ainda, que não quer saber, é um povo conformista e que consegue ser levado por meia dúzia de cantigas.

Portanto, independentemente dos partidos pelos quais temos afeição e das personalidades que admiramos, o direito de voto deve ser considerado um dever do qual ninguém devia escapulir-se.