10 ANOS SEM KUBRICK

07/05/2009

Stanley Kubrick nasceu a 26 de Julho de 1928 em Nova Iorque.

A sua vida escolar nunca foi das mais proeminentes apesar da sua inteligência e perspicácia como se pode verificar pelos seus filmes.

 O facto de seu pai lhe ter oferecido uma câmara pelos 13 anos tornou-se bastante profícuo: Stanley tornou-se fotógrafo e fazia frequentes viagens por Nova Iorque tirando fotografias que iria revelar numa sala escura de um amigo. Depois de vender uma fotografia à Look Magazine, aos 17 anos é-lhe oferecido um posto como aprendiz.

 Nos anos seguintes, fez diversos trabalhos para a Look e depressa se tornou um amante do cinema. Juntamente com o seu amigo Alexander Singer, Kubrick planeou um filme e em 1950 gastou as suas poupanças no documentário “Day Of Fight” (1950). Este foi seguido por várias curtas como “Flying Padre” (1951) e “The Seafarers” (1952) mas, ao atrair investidores e participando em jogos de xadrez em Central Park, Kubrick conseguiu realizar “Fear and Desire” (1953) na Califórnia.

 Apesar do seu casamento com Toba Metz não ter sobrevivido à rodagem, Kubrick conseguiu boas críticas aos seus dotes cinematográficos. Os seus filmes seguintes “Killer’s Kiss” (1955) e “The killing” (1956) chamaram a atenção de Hollywood e em 1957 dirigiu Kirk Douglas em “Paths of Glory” (1957). Depois, foi convidado a coordenar a produção de “Spartacus” (1960) sendo acusado por muitos membros da equipa técnica de se apoderar dos seus trabalhos. O próprio Russell Metty, responsável pela fotografia, queixou-se aos produtores de Kubrick se estar a apoderar do seu trabalho. Ironicamente, Metty ganhou o Óscar para Melhor Fotografia por “Spartacus”.

 O seu projecto seguinte era “One-Eyed Jacks” (1961) com Marlon Brando mas devido a complicações acabou este último por realizar o filme. Desiludido com Hollywood e depois de outro casamento falhado, mudou-se Inglaterra a partir de onde iria realizar os seus filmes seguintes.

 O primeiro filme britânico de Stanley foi “Lolita” (1962). Foi cuidadosamente planeado para não ofender os quadros censórios que naquele tempo tinham o poder de danificar o sucesso comercial de qualquer filme. O próprio “Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worryingand Love the Bomb” (1964) era um risco para a sua carreira; antes deste, “nuclear” não era considerado um assunto para comédia. Escrita, inicialmente, como um drama, Kubrick apercebeu-se que das muitas ideias que ele havia tido eram demasiado engraçadas para serem levadas a sério. O sucesso comercial dos seus filmes permitiu-lhe a liberdade financeira e artística para realizar qualquer projecto. Por esta altura, a originalidade de Stanley diversificou-se e manteria sempre diversos projectos em diversas fases de desenvolvimento: “Blue Moon (uma história sobre o primeiro filme pornográfico de Hollywood), “Napoleon” (uma épica biografia histórica abandonada depois de o estúdio ter sido prejudicado ao seguir projectos deste tipo), “Wartime Lies” (baseado numa história de Louis Begley) e “Rhapsody” (um thriller psico-sexual).

 O seu filme seguinte “2001: A Space Odyssey” (1968), completado com a colaboração de Arthur C. Clark, é considerado como o melhor filme de sci-fi alguma vez feito e é tido como exemplo por muitos feitos posteriormente. “A Clockwork Orange” (1971), que rivalizou com “Lolita” (1962) pela controvérsia que originou neste tempo não apenas pelo sexo mas pela violência incluída.

 Ao recusar dirigir “The Exorcist” (1973), Kubrick realizou o seu próprio filme de terror: “The Shining” (1980). Stephen king (cuja história era inspirada na sua obra) não apreciou o filme e em 1997 escreveu o seu próprio guião da obra.

 Os trabalhos seguintes – “Platoon” (1986), “Full Metal Jacket” (1987) – foram igualmente sucessos tanto a nível da crítica como do público.

 Nos anos 90 iniciou um projecto dado pelo nome de “AI: Artificial Intelligence” mas este progredia muito lentamente e a nível tecnológico este não satisfazia a ambição de Kubrick. Outros projectos que ele havia criado estavam agora como que mortos. No entanto, no final da década, anunciou o seu próximo projecto: “Eyes Wide Shut” (1999) com o casal Nicole Kidman e Tom Cruise. Depois de 2 anos em sigilo absoluto, o filme estreia e Kubrick afirma que é o seu melhor trabalho até ao momento.

 Entretanto, a tecnologia dos efeitos especiais havia amadurecido grandemente e este retornou o seu projecto “AI: Artificial intelligence” mas, no dia 7 de Março de 1999, Stanley Kubrick sofre um ataque cardíaco durante o sono. Morre aos 70 anos; a 666 dias do 1 de Janeiro de 2001 e após 66 dias de 1999.

Stanley01

Uma resposta to “10 ANOS SEM KUBRICK”

  1. Guakjas said

    A Clockwork Orange é um dos melhores filmes que já vi!

    Uma obra prima!

    Saudação

Deixe um comentário